Luiz A. G. Cancello
Que rumo é esse,
Que mata a partida,
Tornando-se eterno,
O céu e o inferno?
E pra onde vou eu,
Se a meta se engole,
Qual auto-antropófaga,
Seu próprio sarcófago?
Que sei eu da vida,
Das coisas finitas,
Do próprio caminho
Em que sou peregrino?
E de onde vens tu,
Trazendo nos olhos
O tremendo sentido
Do labirinto?
14/11/73